“... vejo pensamentos soltos que quero
esquecer. Em meus olhos, vejo a tristeza de uma garotinha recém crescida, com
medo do mundo, com medo do final do ano, levando embora coisas, das quais não
quero me desfazer. Em minha boca, vejo palavras que gostariam de sair, mas que
continuam intactas, tornando-se parte do meu ser. Ao sentir meu cabelo, sinto
fragrâncias esquecidas, com seus rostos e aromas cor-de-chocolate, morangos e chantilly. Me olho e vejo que me tornei a metade de mim mesma, exausta, fraca e
definitivamente esquecida. Por aqueles que já se foram. Por aqueles que não
voltam mais.” (dilacerar)
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