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domingo, 29 de maio de 2011

Querida Infância




Girava meu corpo bem rapidamente e parava do nada para ver tudo em minha volta rodando.
Fechava a geladeira devagar para ver a luz apagar.
Misturava os shampoos para poder criar um novo tipo de shampoo enquanto tomava banho.
Chamava a professora de tia.
Comia Nesquik puro de morango escondido da minha mãe.
Tinha medo do boneco Fofão e do Chuck – Boneco Assassino.
Ficava treinando minha assinatura para que quando eu crescesse, pudesse usar.
Eu sempre acabava comendo a pasta "Tanddy" de tutti frutti, de morango ou de uva ao invés de usá-la para escover os dentes.
Botava o braço pra dentro da camiseta e fingia que não tinha um braço.
Passava por debaixo da catraca do ônibus e sempre queria sentar no banco que ficava no alto.
Morria de medo do Homem do Saco.
Amava ir a escola.
Bons tempos aqueles que acreditava em contos de fadas, em um mundo mágico.
Com pó de pirim pim pim, lembro das brincadeiras de menina de odiar garotos, brincar de casinha mesmo sozinha.
Ainda lembro dos raios de sol quando a tarde caia.
Lembro da minha vó me chamando pra contar historias.
Sinto tanta falta quando não tinha no que me preocupar.
Eu só tinha que brincar, brincar de ser gente grande com roupas da minha mãe.
Queria hoje ter aquela inocencia, a unica coisa que torcia era pra que os centavos da carteira do meu pai nunca acabassem.
Que o sol durasse até mais tarde pra eu ficar no jardim brincando, de vez em quando queria crescer mas até nisso eu era inocente nao sabia o que dizia.
Olho pra traz sinto saudade de tudo mas me orgulho da pessoa que me torno a cada dia!

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