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sexta-feira, 4 de março de 2011

Assustada & Confusa

Paro na frente da escola,olho pra ela e sinto que ela olha pra mim,dou alguns passos e passo pelo portão,me sinto nervosa,ansiosa e um pouco assustada.Provavelmente passarei os próximos três anos aqui,se eu sempre tirar boas notas como vou tentar fazer.
Depois de passar onze longos anos na mesma escola,estou tão acostumada com o familiar e com a sensação de que lá é o meu lugar no primeiro dia de aula que, agora aqui, me sinto intrusa. É uma escola diferente,não sei o quanto durona é a diretora,não sei quem são os professores legais e os chatos,pra onde eu olho há rostos novos,dois ou três são familiares,mas só de longe.
Uma sala nova,uma turma nova e estranha para mim,não os conheço e não estou nem um pouco animada em conhecê-los,quero o familiar de volta,quero aqueles que conheço bem e não esses estranhos.
O tempo está passando e continuo a me sentir como a intrusa,esse não é o mundo que estou acostumada,e começo a ficar assustada. Não sei se consigo me adaptar e nem quero.
Sentada sozinha,ouço as conversar a minha volta a maioria tem um ou dois amigos para conversar,enquanto eu e talvez,uns três,ficam calados e sozinhos.
Não gosto da escola,não me sinto bem aqui e o que mais quero é voltar pra casa,onde é familiar e me sinto á vontade.
Sei que esse é só o primeiro passo para as responsabilidades,sempre vou enfrentar o desconhecido no resto da minha vida,mas agora,não estou pronta e não sei quando estarei.Um dia terá a faculdade,com rostos desconhecidos e depois o emprego,com mais rostos desconhecidos.

Escrevo pra passar o tempo.
Escrevo pra colocar isso pra fora.
Escrevo pra tentar me sentir um pouco confortável.
Escrevo,pois é a única coisa que ajuda.


Gosto de escrever,pois você usa a imaginação,a criatividade e sua mente,pois no mundo das palavras me sinto bem.É o lugar mais magnifico e intenso que existe,você pode rima-las ou apenas colocar uma depois da outra e criar uma história,fugindo assim do mundo real e assustador,onde você nunca sabe o que vai acontecer a seguir.


Não vejo a hora dessa terrível manhã acabar.


Se eu não conseguir a transferência para outra escola,onde tem rostos conhecidos,não sei se conseguirei me adaptar aqui,só sei que terei de fazer o que faço de melhor,sorrir e fingir que não estou sangrando por dentro,fingir que isto aqui é bom,fingir e esconder minha verdadeira opnião e sentimentos em relação a isso tudo,a toda essa mudança.
Queria ver meu pai,sei que ele não é um bom pai,mas a garotinha de cinco anos,que considera seu pai seu Super-Heroí,essa garotinha que há dentro de mim,precisa de um abraço dele,precisa se sentir protegida e amanhã,sentir aquela sensação de conforto que só um pai pode passar a você.

Isto tem que acabar logo.
(Suany M.)

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